Sean 'Diddy' Combs liderou uma organização criminosa? Acusações podem levar rapper à prisão perpétua

2025-05-06 HaiPress

Sean 'Diddy' Combs enfrenta mais de 100 acusações na justiça — Foto: Angela Weiss / AFP

RESUMO

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GERADO EM: 06/05/2025 - 03:31

Sean 'Diddy' Combs Enfrenta Acusações de Crime Organizado em NY

Sean 'Diddy' Combs enfrenta acusações graves que podem levá-lo à prisão perpétua. Ele é acusado de liderar uma organização criminosa envolvida em sequestro,trabalho forçado,suborno e exploração sexual. A seleção do júri ocorre em Nova York,onde promotores argumentam que Combs comandou uma rede de crimes e abuso sexual. A defesa nega as acusações e critica o uso da lei de extorsão para retratar toda a vida de Combs como criminosa.

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Administrar a vida de Sean Combs,de 55 anos,envolve uma grande comitiva de funcionários,incluindo seguranças,empregados domésticos e supervisores de alto escalão. No julgamento do magnata da música,acusado de conspiração para extorsão e tráfico sexual,o júri será confrontado com a questão de saber se Combs liderou uma comitiva típica de celebridades ou,como argumentarão os promotores,uma organização criminosa responsável por possibilitar anos de exploração sexual e outros crimes.

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A seleção desse júri começou ontem,enquanto promotores e advogados de defesa trabalham para escolher 12 membros para um caso abrangente que colocará grande parte da vida de Combs em julgamento e concentrará forças na conduta de seus funcionários ao longo de duas décadas.

O governo afirma que funcionários montaram quartos de hotel,adquiriram drogas e arranjaram trabalhadores sexuais antes do que os promotores descreveram como “maratonas sexuais coercitivas alimentadas por drogas”. Eles pagavam mulheres para mantê-las sob o controle financeiro de Combs,dizem os investigadores,e quando Combs se tornou violento,eles lidaram com as consequências.

Rapper Diddy é preso em meio a acusações de tráfico sexual e agressão

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Empresário do hip-hop,P. Diddy,ou Sean Combs,foi acusado por sua ex-namorada Cassie Ventura de agressão sexual,física e psicológica. Rapper acumula denúncias. — Foto: CHRIS DELMAS /AFP

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Sean Combs,conhecido como Diddy,faz um brinde durante sua festa pós-Met Gala,em Nova York,em 1º de maio de 2023 — Foto: Jutharat Pinyodoonyachet/The New York Times

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Rapper Sean Combs,o P. Diddy — Foto: AFP

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O rapper e produtor Sean "Diddy" Combs: quatro acusações de agressão sexual em três semanas — Foto: AFP

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O rapper e magnata da indústria da música Sean Combs,conhecido também como Diddy — Foto: NYT

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Yung Miami e Sean Combs no MET Gala em 2013 — Foto: Nina Westervelt/The New York Times

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Sean Combs,conhecido pelo seu nome artístico Diddy,está preso na mesma unidade de uma prisão do Brooklyn que Sam Bankman-Fried,magnata das criptomoedas condenado por fraude — Foto: AFP

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Diddy se declarou inocente de todas as acusações,e seus advogados argumentaram arduamente para que ele fosse liberado sob fiança,propondo a um juiz que ele pagasse US$ 50 milhões — Foto: AFP

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Juiz rejeitou a proposta,dizendo que tinha preocupações sobre o risco de Combs tentar influenciar testemunhas — Foto: AFP

Ele é alvo de série de acusações de tráfico sexual e processos por agressão

“Eles facilitaram o encobrimento dessas agressões”,escreveram os promotores sobre os funcionários de Combs nos autos do processo,“ajudando o réu a subornar testemunhas,providenciando tratamento para as vítimas,escondendo as vítimas do público até que seus ferimentos cicatrizassem e contatando as vítimas após as agressões do réu”.

Nos autos do processo,os promotores descreveram um padrão de crimes que remonta a 2004,que inclui incêndio criminoso,sequestro,suborno,obstrução da justiça e violações relacionadas a drogas. Ao longo de cerca de dois meses de depoimentos,a promotoria tentará demonstrar que membros da equipe de Combs ajudaram a viabilizar esses crimes,bem como a exploração sexual de mulheres por Combs.

Chefe de extorsão

O papel dos associados de Combs é muito importante porque,ao acusá-lo de comandar uma empresa criminosa,o governo,sob a lei federal de extorsão,conseguiu acusá-lo de crimes cujo prazo de prescrição já expirou há muito tempo. Se condenado como chefe de extorsão,Combs poderá enfrentar prisão perpétua.

Promotores esperam que pelo menos um ex-funcionário de Combs deponha contra ele. A lista de testemunhas não foi divulgada publicamente,embora os promotores tenham afirmado que pretendem apresentar “declarações” de uma série de ex-funcionários,e espera-se que o júri veja mensagens de texto e ouça gravações que,segundo os promotores,ajudarão a provar uma conspiração criminosa.

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Combs,conhecido também como Diddy e Puff Daddy,declarou-se inocente de todas as acusações. Seus advogados se opuseram ao amplo escopo da acusação,alegando que o governo usou a lei federal sobre extorsão para interpretar toda a vida de Combs como uma atividade criminosa.

“Tudo o que o governo realmente busca é mostrar que o Sr. Combs é uma pessoa violenta,perigosa e desviante que merece ser presa,independentemente de poder provar os elementos um tanto técnicos dos crimes imputados além de qualquer dúvida razoável”,escreveu a defesa nos autos do processo.

A principal lei federal sobre extorsão que sustenta o caso,a Lei de Organizações Corruptas e Influenciadas por Extorsão,foi aprovada em 1970 com o objetivo de combater a máfia. Mas,nas décadas seguintes,seu escopo de alvos aumentou.

Leis sobre extorsão foram usadas para processar executivos de Wall Street e da indústria farmacêutica,gangues de rua,rappers e o mentor de um esquema de fraude em ingresso em faculdades.

Após o movimento #MeToo,elas foram usadas para processar uma série de homens famosos acusados de abuso sexual,com o cantor R. Kelly e Keith Raniere,líder do culto sexual Nxivm.

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Uma vantagem em prosseguir com um caso de extorsão é que isso permite que os promotores apresentem uma narrativa abrangente que inclui acusações sobre os delitos do réu que remontam a décadas. Isso inclui alegações de que,em 2011,Combs executou um plano para invadir a casa de um rival e,semanas depois,seus “co-conspiradores” incendiaram o carro do rival.

— Eles podem tentar varrer todo o seu mau comportamento ao longo de décadas e alegar que faz parte da conspiração acusada — disse Marc Fernich,advogado que há muito tempo defende pessoas acusadas em casos de extorsão.

Nos sete meses desde a prisão de Combs,o caso do governo contra ele tem se expandido discretamente. Mas nenhum outro réu foi nomeado,despertando a curiosidade pública sobre quem,exatamente,são os outros membros da suposta conspiração.

Nem todos os funcionários de Combs serão considerados colaboradores. Alguns estão sendo simplesmente tratados como testemunhas. Outros foram considerados vítimas que foram forçadas a trabalhar longas horas com baixos salários,enquanto sofriam abusos físicos e verbais por parte de Combs.

Uma testemunha deve ser a ex-chef pessoal de Combs Jourdan Cha’Tuan,que compartilhou suas alegações de condições de trabalho abusivas em uma série documental recente,“The fall of Diddy”. Ela disse na série que,depois que pediu demissão,Combs a repreendeu e a jogou no chão.

“Muitas pessoas foram cúmplices em manter as coisas em segredo”,disse ela na série.

Veja imagens das propriedades de Diddy na Star Island,em Biscayne Bay,na Flórida

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Mansão de Diddy em Biscayne Bay — Foto: Divulgação

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Mansão de Diddy em Biscayne Bay — Foto: Divulgação

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Mansão de Diddy em Biscayne Bay — Foto: Divulgação

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Imagem de casa em Biscayne Bay que Diddy comprou em 2021 — Foto: Divulgação

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Mansão de Diddy em Biscayne Bay — Foto: Divulgação

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Ilha onde Diddy tem duas propriedades em Biscayne Bay,Miami — Foto: Divulgação

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Publicidade Magnata do entretenimento tem duas casas na ilha onde vivem celebridades e milionários

Outra ex-funcionária também acusou Combs de coagi-la a fazer sexo. Ela é uma das quatro mulheres no caso de exploração sexual movido pelo governo contra Combs.

A principal testemunha do julgamento deve ser Casandra Ventura,ex-namorada de Combs que o processou em 2023,acusando-o de anos de abuso físico e sexual. O processo foi rapidamente resolvido,mas gerou dezenas de processos civis que alegavam má conduta e deram início à investigação criminal que levou ao seu indiciamento.

Ventura deve testemunhar sobre encontros sexuais conhecidos como “freak-offs” que Combs dirigiu,filmou e durante os quais se masturbava. A acusação argumentou que alguns desses encontros,que investigadores disseram incluir prostitutas,constituíram tráfico sexual,citando abusos físicos repetidos contra Ventura como “uma das inúmeras maneiras pelas quais ele a controlou e a levou a acreditar que não tinha escolha a não ser obedecer às suas ordens”.

A defesa insistiu que Ventura participou voluntariamente dos encontros.

Um ponto-chave da disputa no julgamento será sobre os eventos de 2016,quando Combs foi flagrado em imagens de segurança agredindo,chutando e arrastando Ventura pelo corredor de um hotel. O governo argumentou que a agressão é uma evidência clara de tráfico sexual: Combs espancou Ventura quando ela saía do local de uma festa. Posteriormente,Combs subornou a segurança do hotel com US$ 100 mil para obter as imagens e encobrir o crime,e seus funcionários mantiveram contato com Ventura para garantir que ela não denunciasse a agressão à polícia.

A defesa argumentou que a agressão não teve nada a ver com sexo,mas sim com uma questão de infidelidade.

Relações perigosas

Além de Ventura,os promotores acusaram Combs de tráfico sexual de outras duas mulheres. Elas afirmam que ele as coagiu a ter encontros sexuais que podiam durar horas,e às vezes dias inteiros. A defesa descreveu as mulheres como ex-namoradas de Combs.

As acusações de tráfico sexual estão interligadas ao caso abrangente de extorsão do governo. De acordo com a promotoria,os funcionários de Combs tinham a tarefa não apenas de administrar sua vida e seus negócios,mas também de satisfazer os desejos sexuais de Combs — e proteger sua reputação,ocultando sua conduta abusiva.

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